domingo, 6 de novembro de 2011

Forte dos Reis Magos - Natal - Rio Grande do Norte

Localização: o Forte dos Reis Magos encontra-se no final da Praia do Meio, na chamada Praia do Forte; essa praia é bastante freqüentada por moradores dos bairros próximos.
Telefone: 3211-4959
Entrada: em dezembro de 2004, a entrada de adultos custava R$ 3, e crianças até 12 anos pagavam R$ 1.50. Atualização. Em janeiro de 2007, o preço continuava R$ 3 e R$ 1,5.

A construção do forte foi concluída em 6 de janeiro de 1598, Dia de Reis; essa data é feriado municipal em Natal.

A construção demorou 30 anos. O forte foi construído sobre os arrecifes, para garantir que o embasamento fosse sólido; foram utilizados principalmente areia, óleo de baleia, bronze e grandes pedras de granito trazidos de Portugal.
O arquiteto, que era também o padre da missão portuguesa, chamado Gaspar de Samperes, adotou o estilo que era o convencional da época: um forte de cinco pontas. O forte tinha vistas para o oceano, o rio Potengi, as matas e o que veio a se tornar a cidade de Natal.
O forte foi dominado pelos holandeses de 1630 a 1654, quando foi retomado pelos portugueses. Além desse episódio, o forte teve presença histórica em outros momentos; por exemplo, o forte foi usado como prisão pelos portugueses para confinar os que tentavam a Independência, e a seguir foi utilizado pelos brasileiros para confinar os rebeldes portugueses.
A História é contada com riqueza de detalhes pelos guias que trabalham no forte. Ao visitar o forte, é bastante recomendável fazer-se acompanhar de um guia (o valor pago fica a critério do visitante); a visita vale como uma aula de História.

As fotos abaixo mostram algumas partes do Forte. Clique nas fotos para expandir a imagem.

O forte foi construído estrategicamente na foz do Rio Potengi. Dessa forma, os portugueses tinham controle sobre os navios que chegavam do mar (os estrangeiros) e os barcos que vinham do rio (os índios).
O carro deve ser estacionado (nas ruas) a aproximadamente 500 metros do forte; há uma passarela, com uma bela vista do Potengi e da Praias da Redinha e Jenipabu, que conduz ao forte. O forte tem banheiros, uma lanchonete e uma pequena loja de artesanato.
forte dos reis magos, Natal Vista geral do pátio interno. A construção do centro é uma capela; sob o teto da capela, há ainda um poço, que era usado para coletar água para os soldados (comandantes tinham um reservatório à parte). As salas ao fundo (as que ainda apresentam grades de bronze) eram as prisões.
wise kings fortress, natal Sobre a capela, ficava o depósito de munições. O formato da capela foi projetado de forma que, se houvesse explosões, o maior impacto seria para cima, e não para os lados.
O forte era habitado por um capitão, alguns comandantes e aproximadamente 100 soldados. Essa foto mostra três coisas: o reservatório de água doce (porta superior), coletada da chuva; essa água era privativa do capitão e dos comandantes. A porta ao cento é a entrada para o refeitório do capitão (os soldados comiam no pátio central, ao ar livre); essas portas têm arcos, que eram reservados para locais sagrados; no forte, apenas o refeitório e a capela apresentam arcos. À esquerda, a saliência na parede era o local onde os condenados eram fuzilados; há uma abertura na parte superior, onde os condenados, se fossem altos, colocavam suas cabeças.
Os alojamentos dos soldados (ao fundo, atrás das escadas). Havia dois grandes alojamentos, ocupando uma das paredes do forte, para todos os soldados. Esses alojamentos ficavam no lado do Oceano, o mais perigoso de todos (o mais exposto aos tiros de canhões dos inimigos). Do lado direito, o refeitório dos comandantes (as portas com arcos, perto das escadas) e seus "escritórios".
Essa foto mostra os dormitórios do capitão e dos comandantes (piso superior) e alguns depósitos (piso inferior). A porta ao lado da escada, atrás da garota, era a entrada da masmorra; segundo os guias, muitas pessoas foram mortas nesse quarto.
A saída de emergência. Essa pequena passagem seria de uso exclusivo do capitão, em caso de extrema necessidade; atualmente, exite uma parede no final da passagem, mas segundo os guias, havia um barco de plantão à disposição dos comandantes.
A base dessa escada encontra-se no saguão de entrada. Seria, portanto, o primeiro caminho a ser tomado pelos invasores. A escada tem 8 metros de altura, e não possui corrimão; um soldado português precisaria apenas empurrar o inimigo escada abaixo para feri-lo.
Os canhões são originais. Há canhões de 400 kgs (apontando para a cidade) e de 800 kgs (apontando para o mar, pois esses tiros tinham de ter maior alcance). O centro das paredes é também original, mas são periodicamente rebocadas e repintadas.
Os corredores superiores são bastante grossos, como seria de se esperar. O interessante (e não muito visível) é que as paredes têm a mesma espessura dos corredores.
A parede defronte o mar, a mais grossa de todas.
Aqui foi construído também um farol, que orientava os hidro-aviões que pousavam no rio Potengi durante a Segunda Guerra. Após a guerra, o farol foi desmontado, e um marco foi deixado em seu lugar.
Os banheiros. Todos os habitantes do forte utilizam essa pequena passagem no piso superior como banheiro; os dejetos iam diretamente para o oceano. Essa passagem fica exatamente acima da passagem de emergência, mencionada anteriormente.
Esse piso fica no lado que guardava o rio Potengi. Apesar de terem 400 anos, elas são muito bem conservadas. Segundo o guia, os pisos dos outros corredores estão muito mais danificados por causa das balas de canhão (o lado do rio Potengi sofria ataques de índios).

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